Penso que um desafio seria o de termos recomendações que contemplassem mais segmentos conjuntamente, tais como contrárias à discriminação de mulheres, afrodescendentes, LGBTI, dentre outros.
Uma questão que restou para mim como uma dúvida, foi acerca das possibilidades de articulação das organizações da sociedade civil dos diferentes países, para uma troca de experiências sobre as possibilidades de monitoramento da Revisão Periódica Universal e da efetividade dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Existe alguma referência a esse respeito nas deliberações da ONU?
Olá, me chamo Paulo Mariante, sou advogado e militante dos Direitos Humanos, atuando como Coordenador de Direitos Humanos do Identidade – Grupo de Luta Pela Diversidade Sexual, organização LGBTI de Campinas fundada em 1998, e Secretário de Segurança Pública da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, além de ser Coordenador do Fórum Municipal de Defesa dos Direitos Humanos de Campinas. A imagem que mais me impactou na animação foi a da fronteira fechada, pois me parece que os direitos de imigrantes, refugiados e demais situações envolvendo estrangeiros me parecem ser os mais vulneráveis, em vista do recrudescimento da xenofobia por quase todo o planeta. Penso que desafio colocado à sociedade brasileira para que avancemos no reconhecimento dos direitos da população LGBTI passa por um enfrentamento cotidiano às ideias do patriarcado e da opressão machista, que são os principais pilares da lgbtifobia, o que exige mudanças em áreas como educação e cultura.